sábado, 8 de março de 2008

preciso...

dar ouvido aos meus ouvidos
encarar olhares de artistas em cena
perder-me no toque
econtrar-me no encaixe perfeito.

domingo, 2 de março de 2008

A cozinha que comemos e a cozinha que cozinhamos.

Hoje foi um dia de feira. Poderia dizer "hoje foi o primeiro dia de feira", daria quase no mesmo. Afinal, há pouco tive a primeira experiência de fazer uma feira para mim. Excluo neste momento as experiências parecidas com: horti-frutis, supermecados, barraquinhas de esquina, ir à feria acompanhada, etc.
Como há tempos não fazia eu mesma uma comidinha minha, assim que cheguei com as compras me peguei surpresa com a satisfação exalada. Teria agora cores, panelas para colocar em ação, pia para sujar, mãos para cozinhar. Comida!
Quando me dei conta já descascava todas as mandiocas, disposta a deixá-las mergulhadas n'água na geladeira. Que pique o meu.
Embebedei-me de pimentões, mandiocas, cebolas, salsinha, cebolinha, abóbora, batata-doce, couve... Foi quando parei para lembrar do que costumava comer quando a cozinha que conhecia era feita por outro, ou outros, ou eu e mais outro. Pimentão? Não. Não gosto de pimentão. Esta frase saiu muito de minha boca, mas naquele momento me via cortando-os, amarelos e vermelhos, com prazer do sabor que proporcionariam aos meus legumes. Pimetão? Por que não gostar deles?
A cozinha, quando apenas comemos, tem uma cara diferente da cozinha que comemos depois de experimentar a cozinha que cozinhamos.