quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Meu tanto, quanto tempo

foi tanto, amor, foi tanto
um quase amor, meu quase encanto
tento descrever com este alento
inventando um canto vagabundo
que do fundo e volta pra dentro
porque dentro não precisa ver o mundo
e no fundo, meu tanto, teu acalento
passeia comigo nas cidades que invento
descobre os segredos que eu nunca conto
sussurra meus sonhos, moinhos de vento
até eu cair em mim, depois de tanto
e acordando sem ti, enxugo meu pranto
e te enterro (eu tento, eu tento)
nas folhas das folhas do tempo

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

E o vento me leva, mostrando-me a rota, enviando-me ao meu destino, só meu.
Por caminhos diversos tenho passado, mas não são caminhos sem volta, persigo uma trilha que aos poucos vou conhecendo e ao descobrir lugares e situações ricas, por ali passo outras vezes. Podendo passar num intervalo de um ano ou de uma semana, mas passarei ou passo. O importante é que tenho descoberto a relação entre os lugares que me agradam, não sei com o quê o poderia ser comparado. A um bairro, ou país? Sei que certos traços, certas cores, certas pessoas, certos sabores, me atraem e tenho aprendido a valorizá-los mais do que antes o fazia. Muitas vezes deixamos que um pensamento da maioria afete no que temos de individual, próprio e, portanto, único...
A grande fotografia do mundo, o movimento do mundo, seus perigos, os desenvolvimentos, o crescer, murchar, nascer, morrer, todo o processo me encanta e tem me enviado a diferentes paisagens, caminhos.
Fotografo, danço, grito, falo baixo, agarro, recuo, me envolvo, beijo, abraço, treino, supero-me...


"Não temos perpectiva, mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva é a nossa condução
Mas não seguimos à toa, não seguimos à toa..."

sexta-feira, 3 de agosto de 2007